sábado, dezembro 29, 2007

Vislumbre

Salpico de maresia nos meus lábios,
Espuma de uma onda desfeita.
Promessa.

Beijo cadente
Riscando a noite de que és feita.
Alma incandescente de tanto querer,
Pedaco da luz que viste em mim.

Nostalgia e vibração.

«...que arde sem se ver...»

Amo-te.. amanhã.

Saudade

Quis abracar-te um dia e tu nao estavas. Procurei-te no meio da noite mas nao te encontrei. Perguntei a cada estrela por ti, se te tinham visto passar, corri atras dos cometas, segui o seu rasto. Ja meio perdido e embriagado, deixei-me flutuar. Deixei o vento espalhar as cinzas da minha Alma ardida, peguei no meu corpo vazio e dancei. Dancei longe dos pensamentos e longe do coracao, longe do tempo e da memoria.
Acordo de manha estendido na areia da praia, de barriga para baixo com as ondas rebentatando a meus pes. Pego no meu corpo vazio e despido.. e danco com a gaivotas na espuma das ondas. Ja nao me lembro de ti. Ja me esqueci de como es bonita e a que cheira o teu cabelo. Qual a cor dos teus olhos ou o sabor do teu beijo.
Ao fim da tarde, quando o sol se prepara para mergulhar no horizonte, sento-me e comtemplo serenante a gaivotas dando bicadas no meu coracao que deixei caído na areia.
Doi um bocadinho, mas nada de insuportavel que me faca levantar e correr para as enxotar.
Ok, ja chega de bicadas seus abutres da praia! Pego de volta o meu coracao esburacado, so uns furinhos suficientes para que se escape o Amor, e se espalhe por todo o corpo ou se esconda debaixo da pele em forma de Desejo, aguardando matreiro o momento de atacar.
De regresso a noite, ja nao te procuro, danco apenas, no meio das estrelas, apenas eu, o meu corpo vazio, despido e um coracao esburacado.